quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Pense duas vezes antes de assaltar uma loira...

Estava eu, esses dias, voltando da faculdade feliz e contente (nem tanto assim, graças ao maravilhoso dia de inferno verão que estava fazendo, mas whatever...). Parei pra passar na farmácia, quando saí percebi que alguém estava andando de um jeito muito estranho atrás de mim...sim, eu estava meio zonza do calor e achei que podia ser só um mendigo ou impressão minha. Por via das dúvidas resolvi testar. Andei um pouco mais rápido, o cara andou mais rápido, andei mais devagar, o cara andou mais devagar, fui mais para o lado, o cara foi mais para o lado (por favor né, esse aí tinha mais espírito de loira do que eu!!). Mas havia muitas pessoas na rua, então achei que o cara não seria tão estúpido a ponto de tentar me assaltar em plena luz do dia, com direito a platéia e tudo o mais...
Mas tudo bem. Enquanto eu pensava em como tirar ele da minha cola (caso ele realmente estivesse me seguindo, porque eu ainda não tinha certeza), ele me pára e diz algo como: eu só quero dinheiro...
O resto eu não entendi por que ele falou baixinho e de uma maneira muito enrolada. Nessa hora jurei que se tratava de um mendigo, e já ia verificar a carteira pra ver se tinha dinheiro. Mas resolvi me certificar de que aquilo realmente não era uma tentativa de assalto. Perguntei do que se tratava. O cara repetiu: eu só quero dinheiro, se correr eu te estouro a cabeça...
Olhei para as mãos dele: nada. Olhei para os bolsos: aparentemente vazios. Olhei pra ele e perguntei: como é que é??? O.o
O cara, já confuso, repetiu pela terceira vez a mesma ladainha. Sério mesmo, todas as pessoas num raio de 10 quilômetros provavelmente já tinham entendido o que estava acontecendo. Mas eu achei a cena tão bizarra que tive de perguntar. Afinal de contas, um cara tentando me assaltar em plena luz do dia, com direito a platéia, ameaçando "estourar a minha cabeça" sem arma alguma! Como será que ele pretendia fazer isso?? assoprando?? E outra, como assim "se correr"?? eu nunca pensaria nisso, primeiro porque se fosse um assalto sério eu não seria tão estúpida, segundo porque, nesse caso, não tinha a menor necessidade, e outra, eu odeio correr =p, do jeito que eu estava zonza era bem possível que eu tropeçasse e derrubasse as minhas coisas (que mico!).
Bom, voltando para a história, depois de fazer com que ele explicasse algumas vezes o que tentava fazer, eu disse que não tinha dinheiro (mesmo que tivesse, pra ele eu certamente não tinha!). Mas a parte bizarra vem agora, depois que eu disse que não tinha dinheiro ele agradeceu, fez sinal de positivo e foi embora!(??) O.o

Conclusão: parafraseando o Obelix, esses humanos são todos loucos...

Moral da história: se você realmente fizer muita questão de assaltar uma loira, certifique-se de que você possui material didático suficiente. Nada que alguns desenhos ilustrativos e horas de explicação árdua não resolvam =p.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Assustador....

Olha só isso....

Será que eles transmitem imagens de dentro da casa das pessoas também??
É, os detetives estão perdendo mercado....

(e os seqüestradores, golpistas e obsessivos de plantão estão ganhando O.o)...


ps: o que será "uma análise mais profunda sobre determinadas pessoas"?
se todo o histórico da pessoa, atividades, preferências, estado civil, etc., já foram informados, o que falta?? a dissecação né...só pode... =p

sábado, 15 de agosto de 2009

Tautologias ∨¬(Tautologias)...

Impressionante como as formas de linguagem e expressões populares (acabo de usar uma possível redundância) podem ser bastante..."intrigantes".

Pleonasmos (ou tautologias) são expressões redundantes. Tautologia também tem um significado em lógica. Sem muito rigor pode-se dizer que uma tautologia é um determinado tipo de expressão lógica que é sempre verdadeira independente do valor das variáveis da expressão. Exemplo:
a ¬(a)
isso é, a ou não a, que é verdadeiro pra todo a .

Mas voltando para as expressões da nossa querida lingua portuguesa, será que todos os ditos pleonasmos são realmente pleonasmos?

Olha a lista de alguns pleonasmos (tirados da wikipédia):

-Subir para cima (ou descer para baixo);
cima e baixo são coisas relativas. Você pode estar subindo o morro e ao mesmo tempo descendo no mapa, portanto você estará subindo para baixo (=p).

-Entrar para dentro (ou sair para fora);
existe um exemplo muito legal que mostra que isso não necessariamente é um pleonasmo. Tu tens uma esfera. Originalmente a parte de dentro está no interior e a parte de fora no exterior dessa esfera (não, isso não é redundância). Existe uma maneira de "invertê-la" de tal maneira que a parte de dentro "troque de lugar" com a de fora. Nesse caso se algo passa da parte de dentro (agora externa) para a parte de fora (interna) esse algo estará entrando para fora (=D).
ps: a não ser que tu mudes as definições no meio do processo...
Para "inverter" uma esfera tente o seguinte:


-Última versão definitiva;
a última versão não necessariamente é definitiva. A última versão do ubuntu é a 9.10, mas com certeza não é definitiva (ao menos não no sentido de "Que substitui de vez o que só era preliminar ou provisório").

-Comparecer pessoalmente;
segundo a definição desse dicionário "comparecer" significa "aparecer pessoalmente ou por meio de procurador". Então, obviamente, este não é um pleonasmo.

-Pessoa humana;
essa é a minha favorita. A definição mais geral da palavra "pessoa" é "ser pensante". É total "umbiguicentrismo" dizer que para ser pessoa é preciso ser humano. Para ser humano é preciso ser pessoa(not exactly,but...) mas a recíproca não necessariamente é verdadeira.



Outras pérolas das expressões populares são frases como:

"não foi nada."- se não foi nada então foi algo??

"não há ninguem aqui."- se não há ninguém então há alguém? (considerando que "ninguém" seja o oposto de "alguém").
e por aí vai:

"não há ninguém melhor do que eu";
"eu não quis dizer nada";
"eu não sei de nada";

O problema é que essas frases são negações de negações, mas negações de negações são "afirmações". Em lógica o símbolo ¬ representa uma negação. Utilizar essa operação duas vezes seguidas faz com que a negação seja negada, se a negação é negada então não há mais negação.
A palavra "nada" é a negação de "algo", "niguém" é a negação de "alguém". Se colocamos a palavra "não" em frases que usam essas palavras estamos negando a negação. Então:

-não ninguém melhor do que eu ->há alguém melhor do que eu.
-eu não quis dizer nada -> eu quis dizer algo.
-eu não sei de nada -> eu sei de algo.

Mas o que não faz a força do hábito né ¬¬....eu não costumo não usar essas expressões...
ps: não vou nem comentar sobre a nossa gramática.... =/

terça-feira, 28 de julho de 2009

Palhaçada!!

Bah, os caras não têm mais o que inventar...
Como se não bastassem as tradicionais "meias" na cabeça ( =p ), agora eles se vestem de palhaço (deixando transparecer a realidade...)...

Olha a reportagem:

http://br.noticias.yahoo.com/s/27072009/25/manchetes-grupo-fantasiado-palhaco-assalta-loja.html

Tá aí! Por isso nunca gostei de palhaços... =p

Mas também...de repente os caras tentaram trabalhar honestamente e alguém fez eles de palhaço... =p (altamente sem graça hehe)

sábado, 25 de julho de 2009

NUMB3RS


Alguns canais de tv por assinatura passam um seriado chamado numbers. Ao contrário da grande quantidade de antipropaganda que se faz em relação à matemática, esse seriado mostra como a matemática pode ser aplicada diretamente às mais diversas situações do dia-a-dia. No programa, o FBI recebe a ajuda de um matemático para solucionar casos criminais.

Isso me faz lembrar de uma frase bem comum de se ouvir quando se está no colégio, algo como "...por que aprender isso?? eu nunca mais vou usar mesmo!", em relação a áreas da matemática.
Acho que não seria má idéia passar uns epiśodios do numbers em aulas do magistério hehe


O que realmente me intriga é a idéia bastante comum de que a matemática é uma invenção da mente humana. É claro que inventamos os símbolos, descobrimos métodos, etc. Mas a questão é, por que escolhemos alguns métodos, ao invés de outros? por que alguns são consideravelmente mais eficientes do que outros?

Se considerarmos que a matemática é uma linguagem, então por que pessoas que nem se conhecem ou conhecem o trabalho umas das outras, podem desenvolver métodos com uma linguagem diferente, sobre um determinado assunto comum, ambos os métodos funcionais e ambos fornecendo os mesmos resultados? Qual das linguagens é a linguagem matemática? matemática seria um conjunto de linguagens?

Bom, o simples fato dos métodos matemáticos funcionarem indica uma conexão com o mundo físico. Isso já diz algo sobre a arbitrariedade da "construção" dos métodos, e sobre o quanto deles é realmente inventado. Se supusermos que a matemática é pura invenção da mente humana fica um pouco complicado explicar, por exemplo, como podemos descobrir e prever fenômenos físicos utilizando matemática pura, muitas vezes, e como métodos matemáticos as vezes nos permitem detectar erros filosóficos que possuíamos .

Resumindo, a humanidade descobriu, e continua descobrindo métodos que são extremamente eficientes em uma quantidade absurda de situações. Existe algo que faz com que esses métodos sejam mais eficientes do que outros, caracteristicas intrínsecas ao universo, e quem sabe mais básicas do que o próprio? Se supusermos que as leis físicas que funcionam na terra também funcionam no resto do universo (por sinal esta é uma suposição básica na física), então supomos também que se a "matemática" funciona aqui, deve funcionar no resto do universo. Assim, ela não deve depender de uma linguagem específica, e muito menos dos humanos.

Por enquanto vou ficando por aqui...

sexta-feira, 17 de julho de 2009

mais um...

Poema que eu fiz há um bom tempinho....











Se eu pudesse...


E se eu pudesse encontrar
todas as causas e razões,
continuaria a buscar
desmancharia as ilusões.

E se eu pudesse descobrir
por que corremos sem pensar
e nem paramos pra ouvir
e desviamos o olhar.

Desaprendemos a escutar,
já não sabemos refletir
no que nos faz caminhar,
já não podemos sentir.

E se eu pudesse aprender
o que faria a diferença,
qual o ramo percorrer,
eu mudaria a sentença?

O tempo voa como o vento,
à noite vem o temporal,
trazendo grande tormento
à borboleta e ao pardal.

O vôo traz a ventania,
o dia surge no final,
trazendo junto a harmonia,
levando embora o vendaval.

O que sabia não mais sabe
se o que se sabe se sabia,
sabendo que não soube
saber se saberia

que o vento a soprar
sempre continuaria
e o que estivesse a chegar
apenas surpreenderia.

E se eu pudesse caminhar,
a pé eu andaria,
procuraria não pisar
em quem já era, e foi um dia.

E se eu apenas pudesse...
encontraria o lugar
e a maneira eu buscaria
fazendo o vento regressar
ao futuro eu retornaria....