sábado, 28 de junho de 2025

Aquarela: A Arte do Caos

Aqui, tava tentando aprender técnica de fazer gotinhas

Esse blog é a minha miscelânia pessoal caótica da vida, do universo e de tudo o mais. Então bora falar dessa forma de pintura que te faz aceitar que controle é uma ilusão, e que aprender a trabalhar a falta de controle sobre as coisas pode ser uma arte XD. 

Aquarela é essa forma de pintura que envolve tintas à base d'água e, obviamente, água. Você consegue diferentes efeitos, dependendo da proporção de água e tinta que você usa, além das diferentes técnicas (e o que não faltam são tutoriais no youtube). 

Sempre tive um pouco de birra com seguir à risca técnicas pros meus hobbies. Acho, na verdade, que isso tem mais a ver com eu ter dificuldade de prestar atenção e lembrar dos detalhes do que qualquer outra coisa. A aquarela me ajudou um pouco a lutar contra essa birra, já que ela não é uma forma de pintura muito intuitiva (pelo menos não pra mim). Outro

aspecto que me faz amar e odiar a aquarela, é a aletoriedade envolvida. A aquarela tem alguns elementos meio de "vida própria", especialmente nas pinturas, ou etapas da pintura, que envolvem mais água. A beleza da aquarela está em tentar usar isso a seu favor. Olha aí as metáforas pra "arte de viver": aprender a lidar com o caos e aleatoriedade da vida, e usar isso a seu favor, se possível. Juro que nem tinha pensado nisso quando comecei a escrever esse post.


Ano passado foi o meu ano das aquarelas. Estava morando em Teixeira de Freitas, e passando por umas fases meio conturbadas, emocionalmente. Gostava de pintar aquarelas coloridas e pendurar na

parede, porque coisas coloridas me deixam mais feliz. Acabou sendo uma mistura de tentar me expressar, jogar cor no ambiente e guardar algumas recordações. Detalhe é que algumas das minhas tintas são neon e brilham na luz negra, o que acabou me fazendo viciar em usar tinta neon e tentar criar efeitos pra ver elas no escuro, à noite, com luz negra XD.

Esse ano, morando em Porto Alegre, não tenho onde pendurar minhas aquarelas, e isso acaba me desmotivando um pouco de pintar.  Maaas, quero tentar voltar a pintar, pelo menos um pouquinho. Então, vou deixar registrado aqui as minhas principais aquarelas.

Adorava assistir o pôr-do-sol do quintal da minha casa...
tentei criar uma recordação disso
Aquele clichêzinho básico... mas acho que todo mundo que viver
o suficiente vai ter o seu...


Minhas gatinhas amadas

That lingering feeling
Minha personagem de D&D, druida (obviamente). Atualmente ela tem uma simbiose com
uma entidade que é um fungo senciente. 

Fiz essa esse ano, de aniversário pra Rô. Consegui entender a dificuldades que as
IA's tem em desenhar mãos... 


Pra mais informações inúteis, ou não sobre a minha vida o universo e tudo mais, não dê joinha e não compartilhe, mas pode deixar seu comentário (mensagem pros um ou dois leitores assíduos que meu blog possa ter XD). 



quarta-feira, 18 de junho de 2025

Nostalgias

Nostalgia... esse combinado de sensações que te carrega de volta pro passado (ou pra um futuro que você não viveu ainda, mas isso é outra história). Adoro essa coisa de guardarmos memórias em cheiros, músicas, gostos, e mais um monte de outras sensações que a gente às vezes nem sabe descrever. Eu sinto que memórias, especialmente memórias significativas, têm uma espécie de "impressão digital" de sensações que descrevem elas. Pra mim, a nostalgia, no caso dessas memórias, é como "vestir" esse conjunto de sensações.

Eu costumava caminhar à noite no condomínio em que morava, em Teixeira de Freitas. Lembro que, frequentemente, a sensação do ar da noite, a sensação de olhar as estrelas, os cheiros do ambiente, e mais uma série de pequenas coisas, me jogavam pra dentro de memórias de infância, em Taquara. É aquela sensação gostosa e triste. Triste pois envolve uma realidade (incluindo pessoas) que agora só existem na nossa memória. Ao mesmo tempo, acessar essas realidades via memórias é muito melhor do que não poder acessar de jeito nenhum (quando as memórias são boas, claro). Por falar em Teixeira, saudades da casa que eu morava lá, das minhas gatinhas e de morar perto do Pepe, um dos meus melhores amigos. Porto Alegre me dá claustrofobia. Maaas, todos os lugares têm seus problemas e suas qualidades. Daqui a uns meses vou pra Marseille, na França, reclamar da cidade enquanto como baguette XD. 

Voltando pro assunto principal, as músicas são uma maneira extremamente eficiente de guardar memórias.  Engraçado que tem algumas músicas que parece que nos acompanham a vida toda, ou por muito tempo. Uma dessas músicas, pra mim, que guarda muitas memórias, de épocas diferentes, é "Losing my Religion", do R.E.M. Eu ouvi essa música pela primeira vez (até onde eu lembro) quando tinha 11 anos, na praia. Tínhamos ido eu e minhas irmãs, minha tia (da mesma idade), minha prima, e meus avós. Lembro que os vizinhos ficavam ouvindo essa música bem alto, e eu as gurias ficávamos tentando cantar junto. Lembro que a gente cantava, de zoação "a torta era grande e leve, a torta era grande sim", na parte "I thought that I heard you laughing, I thought that I heard you sing"...aiai. A melancolia dessa música sempre me atraiu. Quando comecei a tentar aprender a tocar violão, foi uma das principais que quis aprender. Já me identifiquei com ela em situações diferentes, por razões diferentes. Quando estava passeando pelo centro de Roma, tinha um cara tocando essa música, o que me fez associar essa música a essa memória também. E claro, depois disso voltei a fazer outras associações. Adoro essa música.




Falando em músicas e memórias, nos meus últimos meses em Teixeira, aumentei a regularidade das minhas caminhadas à noite e, frequentemente, ouvia músicas ou podcasts enquanto caminhava. Uma das músicas que eu associei fortemente a essa época foi a "Jericho", da Iniko. Acho maravilhoso os efeitos sonoros todos dessa música, e algumas partes da letra me lembravam um pouco as ideias de "imaginário coletivo" e "inconsciente coletivo" (com uma interpretação bastante poética, digamos assim), que era um assunto recorrente com o Pepe, e em vídeos do Jordan Peterson que às vezes eu assistia/ouvia. Parte da minha inspiração pra primeira poesia que fiz esse ano veio dessas coisas. 


  

Jogo da Vida

Não sei se esse jogo existe de verdade, mas se existe, certeza que isso configura algum tipo de fetiche ("do criador do jogo ou do jogador?" sim). Por alguma razão eu não consigo parar de rir disso. Vontade de perguntar pro criador do jogo "Quem machucou esse teu coraçãozinho?" XD.  Parece aqueles dias que você tá com pressa, mas o mundo decide que o que você precisa mesmo é desenvolver paciência.



 

quinta-feira, 5 de junho de 2025

Mãe

Esse é oficialmente o meu ano de poesias (mais um pouco e esse blog vira um blog só de poesias XD). Então, esse ano fiz uma poesia de dia das mães para minha mãezinha amada, que está em terras distantes cumprindo seus "deveres" de avó.

Minha mãe sempre fez poesias maravilhosas, profundas e melancólicas. Por causa disso, associei melancolia à profundidade e à beleza. Lembro que amava as poesias dela desde antes de entrar pra escola, mesmo sem entender direito sobre o que elas falavam. Lembro que o eu mais queria aprender, quando entrasse pra escola, era fazer poesias melancólicas. Lembro quando aprendi sobre poesias na primeira série, e tentei fazer uma poesia sobre tristeza. Fiz basicamente uma poesia alegrinha sobre tristeza (o que faz todo o sentido, porque eu era uma pessoa alegrinha). Poesias, pra mim, precisam se conectar com o que eu sinto. Se não, elas ficam com gosto de papelão.

Eu acho que (vergonhosamente) essa é a primeira poesia que fiz pra minha mãezinha amada. Ela foi minha primeira inspiração no universo das poesias, então deveria ter escrito mais poesias pra ela. Em minha defesa, eu não fiz tantas poesias assim ao longo da vida.





Eu ainda me lembro

De como eu me sentia
Ao ouvir tuas poesias
Cheias de melancolia
Transformadas em fantasia

E eu ainda nem entendia

A profundidade que ali existia,

E de como as dores que você vivia

Viravam melodias, sinfonia.


E assim, sem nem compreender,

Tua arte já me marcava.

E tudo que eu queria aprender,

E que desde cedo me inspirava,

Era tua habilidade de escrever

E a magia que com ela você evocava. 

                                                                         

Minha mãezinha querida,

Extremamente amorosa,

Sabia ser divertida,

E também muito carinhosa,

Embora frequentemente distraída =)


Muitas coisas em você me inspiraram

E desde cedo elas me marcaram.

Hoje entendo como elas me moldaram,               

E o quanto elas significaram.


Tua poesia,

Teus mundos de fantasia

Que apesar da dor, traziam alegria,

E até mesmo filosofia.


Tua sinceridade,

Amor à busca pela verdade,

Tua imensa bondade.

Mesmo em meio à ansiedade.                             


E hoje quero apenas te dizer

Que você me ensinou a amar.

Não tenho como te agradecer,

Pelo apoio que sempre soube me dar.


Te amo!


quarta-feira, 4 de junho de 2025

Journey

They’ve been the sun

They’ve been the moon

They’ve sparkled with fun

And drowned in gloom


He was the moonlight,

And also the sunrise,

He brought back the sunlight

And became an uprising


He was the wind

And she was a tree

He got under her skin

And made her breathe


She was the death

And they both died

He was the breath

That brought back life


She was a medicine

She was a healer

She was like plasticine

He was the dealer


He was the doctor

And also a mentor

He was a protector

Creative inventor


He was a brother

They were the audience

She was a daughter

They were resilient


He was a fighter

They danced in the storm

He was the fire

That made her feel warm


He was the hunter 

She was the beast

He was like thunder

They were the feast


He was a lion

One of a kind

A warrior of Zion

Reaching her mind


They love California

And they couldn't stop

They're filled with euphoria

When they hear the bass drop


They were the people

They were the band

Will they have a sequel

In another land?