sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Comportamentos bizarros....


É engraçado como podem surgir alguns comportamentos um tanto quanto bizarros , gerados devido à junção de duas coisas: muito tempo na frente do computador e cansaço...

Se você recentemente passou por alguma das situações abaixo, talvez deva considerar uma pausa (ou consultar um "especialista" hehe =p)...

(todos as histórias são reais O.o, mas os "personagens"  não serão citados...)
  1. Tentar olhar a hora no canto superior (ou inferior) direito do espelho enquanto você se arruma pra sair.
  2. Tentar matar uma mosca que passa em frente ao monitor do computador, usando o cursor do mouse.
  3. Tentar abaixar o volume da pessoa que está conversando (pessoalmente!) com você, ajustando o volume no seu computador. (sim, conheço alguém que fez isso hehe)
  4. Tentar tirar a TV do "standby" mechendo o mouse.
  5. Procurar o teclado do computador pra conversar com alguém que está ao seu lado.
  6. Lembrar dos emotions ao ver expressões faciais, ao invés de lembrar das expressões faciais ao ver os emotions. 

Essas foram as histórias que eu lembrei...alguém lembra de mais alguma?

ps: mas todo mundo sabe que o problema tá no cansaço, e não no uso do computador...=p

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Definições, Paradoxos e Verdades Absolutas...

Alguns conceitos e definições de palavras às vezes geram paradoxos interessantes. Paradoxos podem ser representados, de maneira simples, através da seguinte expressão lógica: ou seja, se a afirmação A é verdadeira conseqüentemente ela deve ser falsa. Entre os exemplos menos divertidos podemos citar o conceito de "normal". Segundo esse dicionário a palavra "normal" pode significar tanto algo que se encontra dentro das normas, quanto algo que é comum. Vejamos um exemplo: quando dizemos que um computador está funcionando normalmente estamos dizendo, em outras palavras, que este computador está funcionando dentro das especificações. O paradoxo pode surgir se ao mesmo tempo utilizarmos "normal" como sinônimo de "usual". Isso porque se a maior parte dos computadores, em determinado local, não estiver funcionando dentro das especificações, teremos de concluir que neste local um computador normal não é normal. Se, no entanto, deixarmos de considerar "normal" como sinônimo de "usual", podemos eliminar os paradoxos e garantir uma definição menos subjetiva.

Outro exemplo, um pouco mais interessante, é o das famosas "verdades absolutas". Trata-se da seguinte expressão: não existem verdades absolutas. Eis mais algumas expressões que seguem a mesma linha:

  • Toda regra tem sua excessão.
  • Eu não possuo crenças(no sentido de "eu não acredito em coisa alguma").
  • Eu não possuo não-crenças(no sentido de "eu acredito em toda e qualquer coisa").
  • Eu sempre minto.
e assim por diante. Analisemos o caso das verdades absolutas. Adimitir que não existem verdades absolutas implica em adimitir que essa afirmação só pode ser verdadeira quando ela não é uma verdade absoluta (já que adimitimos que estas não existem). Sendo assim, concluímos logicamente que a afirmação "não existem verdades absolutas" não pode ser aplicada a todas as situações, portanto existe ao menos uma verdade absoluta.

Em princípio, podemos fazer uso da seguinte expressão lógica para definir o que são 'verdades':ou seja, se a condição A é satisfeita, então B é necessariamente verdade. Caso A não seja satisfeita, B pode ou não ser verdade. Eis um exemplo:
  • Condição A: morte do ser humano X.
  • Afirmação B: o ser humano X não está respirando espontaneamente.

A morte de X implica em ele não estar respirando espontaneamente. Sendo assim, sempre que sabemos que alguém está morto, sabemos que essa ex-pessoa não respira. No entanto, o fato de um ser humano não estar respirando não implica necessariamente em ele estar morto, caso contrário morreríamos toda vez que mergulhássemos em piscinas, e voltaríamos à vida quando saíssemos para respirar...

Um dos problemas aqui, é que se não pudermos obter informações diretamente de B (sendo B uma afirmação qualquer), referentes à sua veracidade, seria necessário conhecimento a respeito de alguma condição que necessariamente implicasse em B (ou não B), caso fosse verdade. Esse tipo de problema não ocorre com as chamadas 'Tautologias'. Eis um exemplo de tautologia:
ou seja, A ou não A. A operação ou (símbolo V) faz com que a expressão lógica acima seja verdadeira quando a proposição da esquerda é verdadeira (A), independente da veracidade da proposição da direita, ou quando a proposição da direita (¬A) é verdadeira, independente da veracidade da proposição da esquerda. Sendo assim, uma tautologia é uma verdade absoluta já que ela é sempre verdade independente do valor de A.

Mas, voltando às questões relacionadas ao conceito de "normal", o que seria um ser humano normal? o que seriam atitudes normais?

(momento "excessivamente filosófica mode on")

Bom, vamos à minha opinião. Todas as nossas atitudes têm algum tipo de conseqüência. Parece razoável afirmar que estas conseqüências influenciam em algum nível as outras pessoas. Isso ocorre principalmente porque vivemos em sociedade. Algumas atitudes claramente são prejudiciais tanto para nós mesmos quanto para os outros (provavelmente uma acabará implicando na outra em algum momento). Outras são prejudiciais, mas não tão claramente (às vezes precisamos colocar o dedo no fogo pra perceber que dói). Existem atitudes que são prejudiciais principalmente devido a questões culturais. No entando, existem também atitudes que são prejudiciais devido a coisas mais básicas, questões relacionadas à biologia, física e por fim matemática. São esses os tipos de atitude que eu considero não-normais. Sendo assim, as atitudes não prejudiciais são atitudes normais. Esses dois tipos de atitude, conceitualmente falando, aparentemente dão origem ao que as pessoas costumam chamar de "certo" e "errado" (embora esses conceitos acabem mudando de acordo com a cultura).

Quanto a "seres humanos normais", todos sabemos que nascemos com defeitos de fábrica. Sendo assim, provavelmente não existem seres humanos normais. Também percebemos que existe uma certa relação entre atitudes normais/anormais e pessoas normais/anormais por ambos os lados, isso é, uma pessoa com maior grau de anormalidade terá uma tendência maior a agir de maneira anormal, por outro lado atitudes anormais podem aumentar o grau de anormalidade das pessoas. Para o primeiro caso temos como exemplo a necessidade da existência de cadeias e manicômios, para o segundo sabemos, por exemplo, que um filho de uma pessoa alcólatra provavelmente terá uma tendência maior a se tornar alcólatra (devido a questões genéticas). Sendo assim, aparentemente as anormalidades são altamente normais, no que diz respeito à sociedade...=p

Resumindo:
  • se verdades absolutas não existem então existe ao menos uma verdade absoluta;
  • se toda regra tem sua excessão então esta regra também tem sua excessão. Logo, nem toda a regra tem sua excessão;
  • se eu não possuo crenças então eu possuo a crença de que não possuo crenças. Logo, possuo ao menos uma crença;
  • se eu não possuo não-crenças então eu não acredito que possuo não-crenças. Logo, possuo ao menos uma não-crença;
  • se eu digo que sempre minto esta deve ser uma mentira. Logo, eu nem sempre minto;
  • pessoas não normais são normais =p...(se usarmos simultaneamente duas das definições do dicionário)

Moral da história: é tudo uma questão de definições (as quais podem ser consistentes ou não).... =p